segunda-feira, 17 de novembro de 2008

20 de novembro - Consciência NEGRA.



O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca.

A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Profº. Rodrigo

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Aula / Trabalho: O Mito de caverna .


Ouvimos e discutimos em sala de aula o "Mito da Caverna" de Platão.
Vamos recordar?
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, estão impedidos de olhar para trás e para os lados, e tampouco podem se mexer. Só podem olhar para um ângulo, a frente. À porta da caverna há uma imensa e alta fogueira, que permite que se enxergue, lá dentro, alguma coisa.

Entre a fogueira e os prisioneiros, lá fora, há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, semelhante ao que se usa nos teatros de marionetes e fantoches. Ao longo dessa mureta, homens passam carregando estatuetas de todo tipo, com formas de seres humanos, animais e outras.

A localização da fogueira proporciona uma projeção das sombras dessas estatuetas sobre uma parede no fundo da caverna.

Os prisioneiros não sabem que existem esses homens, nem as estatuetas. O que vêem são as sombras. Como jamais viram outra coisa, eles não sabem que se trata de sombras de coisas que homens estão segurando. Também não sabem que aquela luminosidade vem da fogueira e que existe uma outra intensidade de luz. O que sabem é o que vêem, só. Sua imaginação se restringe, também, ao que eles sabem.

[ Trabalho de ética e cidadania. ]
[ Valor: 50 pontos. ]
[ Data para entrega: 18/11/2008. ]
[ Dupla. ]

O QUE FAZER?

a) Reescreva o mito substituindo os personagens por pessoas do nosso tempo. Quem são as pessoas que estavam na caverna? Quem é o personagem que teve coragem de sair? Quem são àqueles que matam o outro por apresentar ago novo? ... utilize novos personagens!

b) Ilustre da melhor maneira o mito recriado por vocês.
c) Escreva que tipo de personagem do mito você se vê? Com qual personagem (vocês) mais se parecem? Por quê?
d) Faça uma CONCLUSÃO sobre o que aprenderam e descobriram com os ensinamentos de Platão.

Boa sorte!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

CLOSE da Feira de Ética/Cidadania 2008.

CLOSE da Feira de Ética / Cidadania !

Consumo e Consumismo .

Coluna "Finanças em Família"

Consumo e Consumismo

Marcelo Guterman

Era uma vez a Revolução Industrial. E com ela, a era da produção em massa. Milhares, milhões de unidades de tudo o que se possa imaginar, sendo produzidas diariamente nas fábricas ao redor do mundo. No último ano, por exemplo, foram 46 milhões de automóveis, 300 milhões de fornos de microondas e 650 milhões de telefones celulares. Sem falar das mais de 6 bilhões de pizzas!

Ocorre que toda essa montanha de produtos deve ser escoada. Caso contrário, a máquina emperra. Estoques se avolumam, plantas industriais são desativadas, a recessão, esse grande fantasma do sistema capitalista, se instala. Para escoar a produção, é preciso que as pessoas consumam. O consumo é o coração de todo o sistema, responsável por manter a máquina em movimento. Sem consumo – e mais, sem consumo em níveis crescentes – o sistema capitalista, em linguagem técnica, vai para o brejo.

Como manter o consumo em níveis crescentes? Não é preciso muito esforço. O ser humano tem, por natureza, uma compulsão natural a consumir. Quer coisa mais agradável do que entrar em uma loja para comprar algo de que precisamos? E mesmo algo de que não precisamos tanto assim? Aliado a essa tendência natural, contamos com a poderosa ajuda da publicidade. Despertando necessidades que você nem ao menos suspeitava que estivessem aninhadas no fundo mesmo do seu ser, a publicidade vem de mãos dadas com a Revolução Industrial, lubrificando os canais de escoamento da produção.

Longe de mim ser um opositor da sistema capitalista, ou da publicidade, ou mesmo do consumo. Afinal, estamos inseridos nesse contexto. E ainda não inventaram nada mais eficiente para a geração de riqueza do que o capitalismo. Mas consumo é diferente de consumismo, sendo este a versão doentia daquele.

O que caracteriza o consumismo? Como saber se estamos doentes? E, uma vez descoberta a infecção, qual o tratamento?

Podemos definir consumismo como uma compulsão para consumir. Essa compulsão pode atacar em vários graus, desde aquela compra ocasional em que se chega em casa com a sensação de que não precisava ter comprado aquele aquecedor de travesseiros que parecia ser tão útil quando você estava na loja, até o closet transbordando com 445 pares de sapato. Vejamos alguns sinais inequívocos de que o vírus do consumismo está instalado no seu organismo:

Você não consegue sair de um Shopping Center sem pelo menos uma sacolinha na mão;
Qualquer objeto comprado há mais de um ano, desde um relógio até um automóvel, lhe parece insuportavelmente velho e ultrapassado, precisando urgentemente ser trocado;
Você estoura o seu limite do cartão de crédito com freqüência;
Você se sente rebaixado, humilhado, arrasado, quando alguém próximo (o cunhado, o vizinho) aparece com um objeto mais moderno, mais atual, mais caro...
Os objetos de marca exercem um fascínio irresistível sobre você;
Ir às compras é o seu hobby predileto.
Apesar da aparência simpática (quem não gosta de fazer umas comprinhas, afinal?), o consumismo é uma doença terrível: destrói casamentos, arrasa orçamentos, deixa a vítima em um estado lastimável. Como fazer para não escorregar ladeira abaixo?

A receita clássica é distinguir o essencial do necessário, e o necessário do supérfluo. Por exemplo: para matar a sede, precisamos de água. Água, portanto, é essencial. Se estiver gelada, a água mata a sede mais depressa. Portanto, água gelada é algo necessário. Agora, água da marca San Pelegrino, a R$ 4,00 a garrafa, definitivamente é supérfluo. Não podemos viver sem o essencial. Podemos viver com alguma dificuldade sem o necessário. Podemos viver facilmente sem o supérfluo. A vida do consumista está abarrotada de supérfluos.

Sendo assim, é preciso fazer honestamente a si mesmo a pergunta: isso que estou comprando é essencial? Ou mesmo necessário? Posso continuar vivendo sem isso? As respostas a estas perguntas variarão enormemente entre as pessoas. Se você é um alto executivo de uma multinacional, provavelmente um terno de marca será necessário. Por outro lado, se se trata de um estudante que vai usar o terno em um casamento e depois encostá-lo, é mais provável que seja supérfluo.

Os pais têm um papel fundamental na educação do consumo de seus filhos. As crianças aprendem desde cedo a consumir supérfluos, mesmo porque são completamente indefesas em relação à publicidade, pois ainda não contam com um saudável espírito crítico. Quantos adultos consumistas de hoje não são o resultado de uma educação frouxa, em que os pais sempre deram tudo o que os filhos pediam. É preciso, desde cedo, acostumar as crianças com as perguntas: “É essencial? É necessário?”

Obviamente, comprar supérfluos de vez em quando não é crime. Uma data comemorativa, uma festa, um evento, podem justificar a compra de algo supérfluo. Neste caso, o supérfluo torna-se necessário, para justamente marcar a data. É preciso, no entanto, tomar o cuidado de não multiplicar as datas comemorativas a ponto de praticamente não haver mais dias “normais”. Sob o pretexto do “eu mereço”, muitas vezes nós nos concedemos compensações que acabam no... consumismo!

Não se trata, por outro lado, de ser sovina. Economizar por economizar. Fugir do consumismo não é ser avarento. Evitamos o consumismo com o objetivo de alcançar uma vida financeira mais saudável e, no final das contas, mais feliz. Porque, ser escravo do supérfluo, por mais doce que pareça, nada mais é do que uma falta de liberdade, que acaba por tornar o ser humano infeliz.




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Marcelo Guterman é CFA (Chartered Financial Analyst), Engenheiro, Executivo do mercado financeiro, Professor do MBA de Finanças do IBMEC e pai de 7 filhos.

e-mail: marcelo.guterman@uol.com.br

Publicado no Portal da Família em 24/02/2007